|
|
|
Ha-Joon Chang publica, pela Editora Cultrix, 23 coisas que não nos contaram sobre o capitalismo
|
O autor, eleito o terceiro economista mais influente do mundo pelo Prospect World Thinkers 2013, reafirma nesta obra suas teses polêmicas e aponta princípios básicos para reconstruir o capitalismo. |
|
Se você deseja saber por que os países pobres são pobres e como eles podem ficar mais ricos, ou se você acha que algumas pessoas são mais ricas do que outras porque são mais capazes, Ha-Joon Chang está, mais uma vez, disposto a desconstruir mitos fomentados pela ideologia do livre mercado e mostrar como o sistema funciona.
Em 23 coisas que não nos contaram sobre o capitalismo, o consagrado economista sul-coreano aponta um manual de leitura voltado a questões fundamentais, estruturadas em 7 pontos e desenvolvidas ao longo de 23 capítulos. Por exemplo: se você acha que política é perda de tempo, comece pelos capítulos: 1, 5, 7, 12, 16, 18, 19, 21 e 23. Ou ainda, se você nem ao menos tem certeza do que é o capitalismo, leia: 1, 2, 5, 8, 13,16, 19, 20 e 22.
Com linguagem clara e objetiva, mas sem abrir mão do rigor teórico que embasa seus argumentos, Ha- Joon Chang segue os princípios desenvolvidos no polêmico, Chutando a escada: a estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica, lembrando que os países mais desenvolvidos hoje, foram intervencionistas um dia e agora tentam impedir que as nações em desenvolvimento façam o mesmo, bem como questiona o pensamento segundo o qual vivemos em uma Era Pós-Industrial.
Chang, escolhido em 2013 pela Prospect Magazine como um dos principais pensadores do mundo, também afirma que não se justifica mais tomar a produtividade como parâmetro para mensurar o valor do trabalho, e cita como exemplo o caso de um motorista de ônibus na Suiça, que ganha 5 vezes mais que seu par na Índia. Neste caso, é notório que o capital humano também desvanece como critério, porque qual o conhecimento necessário para se dirigir um ônibus onde quer que seja? O trabalhador sueco precisou de um tempo maior de formação? Ha-Joon Chang vai pontuar mais uma vez a importância da política nas determinações econômicas - como as políticas migratórias que protegem o mercado de mão-de-obra interno- e como o protecionismo é um caro privilégio.
Ao final do livro, o economista enumera 8 princípios que devemos ter em mente para reestruturar o capitalismo. Afinal, parafraseando Churchill a respeito da democracia, Ha-Joon Chang é categórico: o capitalismo é o pior sistema econômico excetuando-se todos outros.
Outros pontos relevantes do livro
- Não existe algo como um livre mercado
- A globalização não está tornando o mundo mais rico
- Não vivemos em um mundo digital – a máquina de lavar roupa mudou mais vidas do que a internet
- Os países pobres são mais empreendedores do que os ricos
- Executivos mais bem pagos não produzem melhores resultados
Crítica
“Um livro inteligente, dinâmico e provocativo, que nos oferece maneiras novas e convincentes de analisarmos a globalização.”
- Joseph Stiglitz, Nobel de economia
“Este livro é leitura obrigatória para qualquer pessoa que queira entender o capitalismo, não como os econimistas ou os políticos o retratam mas como ele efetivamente é”.
- John Gray, Observer (Reino Unido)
“Lúcido, profundamente bem-informado e repleto de esclareciemntos impressioanantes”
- Noam Chomsky
“Chang apresenta um resumo esclarecedor do pensamneto econômico moderno – e de todos os caos em que ele deu errado -, instigando-nos a reconstruir completamente a economia mundial: ‘ Isso deixará alguns leitores pouco à vontade...É chegada a hora de ficar pouco à vontade.”
- Publishers Weekly
|
Sobre o autor
Sul-coreano, Ha-Joon Chang é especialista em Economia do Desenvolvimento e professor adjunto de Economia Política e Desenvolvimento na University of Cambridge. Em 2005, recebeu o Prêmio Wassily Leontief por Expandir as Fronteiras do Pensamento Econômico. É autor de diversos livros polêmicos sobre política e economia, entre eles, Kicking Away the Ladder: Development Strategy in Historical Perspective (2002), que ganhou em 2003 o Prêmio Gunnar Myrdal.
Tornou-se especialista no modelo econômico adotado pela Coreia do Sul, país frequentemente comparado com o Brasil. Entretanto, a nação asiática tinha apenas dois terços da renda brasileira na década de 60 e agora é 2,5 vezes mais rica.
Em 2013, foi eleito o terceiro economista mais influente do mundo pelo Prospect World Thinkers.
Sobre a Editora Cultrix
Fundada em 1956, a Editora Cultrix tem como objetivo lançar títulos voltados para a área de ciências sociais e humanas, especialmente literatura, linguística, sociologia, psicologia, administração e marketing. Hoje, figura entre as editoras que mais contribuem para o fortalecimento de uma cultura voltada à sustentabilidade.
A editora integra o Grupo Editorial Pensamento, nascido em 1907 e reconhecido pelo pioneirismo e inovação na seleção de temas e títulos para publicação.
|